São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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No bolso; Por conta; Nova queda; Após a eleição; Ensaiando o vôo; Chumbo grosso; Âncora verde; Preparando a terra; Com otimismo; Na moda; Mesmo filme; Coincidências à parte; Devagar, devagarinho - 1; Devagar, devagarinho - 2; Círculo vicioso; Sem cheque em branco; No boletim; Onde há fumaça...

No bolso
Além da CPMF (imposto do cheque), as mudanças nas regras do IR das empresas e da contribuição sobre o lucro vão acabar inchando a arrecadação neste ano, segundo avalia o consultor Raul Velloso.

Por conta
"Há uma antecipação de receitas." Na regra antiga, o IR e a contribuição sobre o lucro só entrariam no caixa do Tesouro em 98.

Nova queda
Com melhor arrecadação, congelamento dos salários e queda dos juros, o déficit operacional de 97 deve ficar, na pior das hipóteses, em 3,3% do PIB, estima Velloso. É quase um ponto percentual abaixo do resultado de 96 e mais de dois abaixo do déficit de 95.

Após a eleição
Para Velloso, a reforma administrativa só terá impacto efetivo em 1999: só se demite funcionário público em primeiro ano de governo.

Ensaiando o vôo
Moreira Ferreira estuda a possibilidade de se candidatar a deputado federal. O Grupo de Ação Política da Fiesp, criado por ele, vai promover e apoiar a candidatura de empresários.

Chumbo grosso
O PNBE concluiu quarta-feira pesquisa entre suas 500 empresas associadas sobre FHC, ausência de políticas para enfrentar a globalização, persistência do "custo Brasil", política cambial e de juros.

Âncora verde
A renda agrícola, que tinha crescido 15% em 96, voltou a subir neste ano -18%, segundo a MB Associados. É o resultado de boa safra e preços compensadores.

Preparando a terra
Nos primeiros dois meses de 97 contra 96, as vendas de fertilizantes cresceram 15,9% e as de defensivos, 10%. Detalhe: ambos tinham registrado recorde em 96.

Com otimismo
As empresas brasileiras vão liderar o crescimento do lucro por ação na América Latina em 98, diz o Morgan Stanley. Taxa prevista de 25%, contra 24% das mexicanas e 21% das peruanas.

Na moda
"Com a entrada do HSBC, o mercado financeiro brasileiro vive a síndrome da paranóia. Todo mundo fala em enxugar custos", diz Ricardo Berzoini, do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Mesmo filme
Para o mercado financeiro, o governo vai frear a economia batendo no crédito e não nos juros. O câmbio, dizem, é a fronteira final.

Coincidências à parte
O potencial de importações de bens duráveis foi estimado por banco estrangeiro em US$ 15 bilhões. E também é o número projetado para o déficit comercial. Detalhe: as vendas de bens duráveis são movidas a crédito.

Devagar, devagarinho - 1
Para desarmar o debate cambial e o temor de uma máxi, o governo deveria, lentamente, fazer o real retornar ao valor do início do plano, em 94, diz Horácio Piva, da Fiesp. Uma cesta de moedas poderia ser o indexador, sugere.

Devagar, devagarinho - 2
"A política cambial deve continuar gradualista, para não impactar na inflação e ameaçar a estabilidade. A questão é de dosagem", diz Boris Tabacof, da Fiesp.

Círculo vicioso
O ING Bank pondera: é verdade que o fluxo de capitais externos financia o déficit de conta corrente, mas também cria obrigações em dólar. Em algum momento, as exportações terão de trazer os dólares necessários para remunerar os investidores externos, diz.

Sem cheque em branco
Para o ING, os credores não continuarão a financiar o déficit se virem poucas chances de reversão da deterioração da conta corrente.

No boletim
A Austin Asis reviu a nota do Bamerindus depois da compra pelo HSBC: passou de "CC" para "BB". Bradesco e Itaú são "AA".

Onde há fumaça...
Seis páginas do relatório anual do grupo Philip Morris referente a 1996 são dedicadas a apenas um assunto: as ações na Justiça contra a companhia por fumantes, ex-fumantes e famílias de fumantes.

E-mail: painelsa@uol.com.br

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