São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Minas viram atração turística na África

CLÁUDIA PIRES
ENVIADA ESPECIAL À ÁFRICA DO SUL

Turismo pode gerar mais dinheiro do que ouro em algumas minas da África do Sul.
O aumento do número de turistas que procuram o país para visitar minas de ouro e a queda do preço do metal no mercado internacional favoreceram o turismo na região.
Hoje, minas desativadas que datam, muitas vezes, do início deste século, continuam rendendo um bom dinheiro aos proprietários devido aos milhares de visitantes que passam pelo local.
Produção
Mas o país ainda produz muito ouro. A África do Sul é o maior produtor de ouro do mundo, responsável por 30% do ouro disponível no mercado mundial atualmente.
A produção anual atingiu 600 toneladas no ano passado e é praticamente toda exportada. Mais de 80 países no mundo compram o ouro sul-africano.
As minas sul-africanas estão espalhadas por mais de 500 quilômetros do território.
Já as minas utilizadas para a visitação turística, ao contrário do que se possa pensar, não foram desativadas por falta de reservas.
Nesses locais, como explicam os guias da região, o valor do ouro no mercado não compensa os gastos para sua retirada da mina.
Isso significa que o custo operacional para retirar ouro da mina -manutenção de energia elétrica, água, segurança, pagamento de mineiros, entre outros- ficou mais alto que o valor do produto no mercado internacional. Esse aumento de custo acontece, principalmente, com as minas muito profundas.
Em algumas minas de ouro do país, a profundidade pode ultrapassar os 2.000 metros.
Um dos melhores exemplos é a mina de Gold Reef City, que fica em Johannesburgo.
Ao redor da antiga mina, que tem quase 3.000 metros de profundidade e foi desativada há mais de 20 anos, foi construído um verdadeiro parque de diversões, com complexo de lojas e restaurantes.

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