São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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o enjôo matinal em jovens

DA "NEW SCIENTIST"; DA REPORTAGEM LOCAL

Mulheres que sofrem de enjôos matinais se animavam com pesquisas que sugeriam que elas tinham menos chance de sofrer um aborto. Mas essa crença pode estar errada.
O antropóloga biológica Kathleen O'Connor, da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), afirma que o enjôo matinal é apenas mais frequente em mulheres mais jovens.
Médicos há muito tempo sabem que os riscos de uma gravidez malsucedida aumentam com a idade, por razões genéticas.
O'Connor notou que muitos estudos anteriores não tinham controlado adequadamente fatores de risco como a idade da mãe.
Ela se uniu a outros pesquisadores da universidade que estavam estudando taxas de aborto natural.
Os dados confirmaram que a idade prevê a chance de a mulher sofrer um aborto espontâneo. Com o aumento de idade, há um maior número de anormalidades cromossômicas nos óvulos femininos.
Quando os pesquisadores levaram a idade em consideração, mulheres que sofreram de enjôo matinal não tinham maior probabilidade de manter o feto.
A equipe sugere que pesquisadores podem ter sido levados a pensar que o enjôo matinal protege contra o aborto espontâneo porque o mal-estar é menos comum em mulheres mais velhas.
A dentista Erika Nishikawa Simões, 25, sofreu de enjôo durante os três primeiros meses da sua gravidez.
"Vomitava o dia todo, durante uns três dias seguidos. Daí dava um intervalo de dois ou três dias e começava de novo", lembra Erika, grávida de cinco meses.
A dentista conta que nada parava no estômago, a não ser água de coco e misushiro, uma sopa japonesa à base de soja.
A mãe de Erika, Neusa, 64, também passou por esse problema, mas mais intensamente que a filha. "Ela passou mal durante os nove meses, e teve quatro filhos", conta Erika. "Quando comecei a passar mal, disse que, se fosse para continuar daquele jeito por nove meses, não queria mais ter filho, de tão mal que passei".
. Da New Scientist e da Reportagem Local

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