São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Ator aprende a 'voar' no trapézio para fazer novela

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de iniciar as gravações de "O Amor Está no Ar", Thierry Figueira, 18, frequentou a Escola Nacional de Circo para aprender a "voar" no trapézio. Rodrigo, seu personagem na trama das seis, é um jovem de família tradicional que se apresenta no circo escondido dos pais.
"No início, dá medo. Mas depois o trapézio dá uma incrível sensação de liberdade", conta o ator, que prefere dispensar o dublê nas cenas mais ousadas. "Meu personagem ainda pilota lancha e pula de ultraleve", acrescenta.
Thierry conta que mais dois nomes do elenco já avisaram a produção que fazem questão de protagonizar suas cenas de ação. "Rodrigo Santoro, que faz o papel de Léo, e Marcelo Farias, que interpreta Ivan, também não usam dublês."
Como a proposta de "O Amor Está no Ar" é trazer o público de "Malhação" para a novela das seis, a produção investiu em elenco jovem. "O entrosamento é total, principalmente quando viajamos para Avaré", diz o ator, referindo-se à locação no interior do Estado, onde os personagens praticam os esportes de ação na fictícia empresa de turismo Estrela Dourada.
Filho de Emília (Suzana Gonçalves) e Alberto Santana (Luís Mello), o personagem de Thierry faz o estilo garoto ligeiramente rebelde na trama de Alcides Nogueira. "Ele sabe que o pai é mau-caráter. A família o pressiona para assumir os negócios, mas ele não abre mão de seu sonho de ser trapezista."
Como os pais não aprovam a atividade, Rodrigo vai para o circo escondido da família. "É lá que ele conhece Cuca (a atriz Georgiana Góes) e se apaixona por ela. E isso o deixa com um motivo a mais para não querer sair do circo", comenta o ator.
Thierry estreou na televisão trabalhando no elenco de apoio da novela "A Viagem". Depois, interpretou o Pedro de "Cara & Coroa", onde fazia o filho dos personagens vividos por Victor Fasano e Christiane Torloni.
"Como ainda tenho pouca experiência, vou aprendendo com os outros. Contracenar com Luís Mello, Suzana Gonçalves e Nicette Bruno está sendo um curso de representação", diz.

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