São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997 |
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Projeto trata melhor o esgoto
DA REPORTAGEM LOCAL Uma nova tecnologia para tratamento de esgoto desenvolvida na Holanda para uso em efluentes industriais foi adaptada pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) para o tratamento em esgoto doméstico.A experiência da pesquisadora Sônia Maria Manso Vieira, 48, que trabalha desde 1976 na Cetesb, deu origem à tese de doutorado "Tratamento de esgotos domésticos por reator anaeróbio de fluxo ascendente e manto de lodo reator Uasb", apresentada à Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo). A importância do trabalho está nas recomendações feitas com base na experiência da pesquisadora. Ela elaborou uma série de manuais sobre como projetar, construir, operar e monitorar esse tipo de sistema, possibilitando a difusão da nova tecnologia. A experiência é uma tentativa bem-sucedida de buscar uma alternativa simples e barata para o tratamento de esgoto doméstico. A melhoria da tecnologia anaeróbia (que funciona na ausência de oxigênio) é uma tendência mundial e recebeu um grande investimento por parte da Cetesb. Em 1983, um pequeno reator anaeróbio foi construído pela companhia e utilizado experimentalmente durante dois anos. Como a experiência do reator piloto havia dado certo, em 1986 um novo tanque para tratamento em maior escala foi construído. Uma das vantagens do sistema, que funcionou sob observação até 1993, foi gerar uma quantidade menor de lodo (resíduo sólido) do que os sistemas convencionais. Outra grande vantagem é que ao invés de consumir energia, o sistema produz o gás metano, que pode ser usado como combustível. Uma desvantagem é que o reator remove 70% da matéria orgânica da água, enquanto no sistema aeróbio essa porcentagem é de 90%. Texto Anterior: Opiniões precárias Próximo Texto: Países reembolsam impostos a turistas Índice |
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