São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997
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Protesto contra a Alemanha em Teerã reúne mais de 100 mil

Iranianos fazem ato contra veredicto da Justiça alemã

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Mais de 100 mil iranianos fizeram ontem uma manifestação de protesto em frente à Embaixada da Alemanha na capital, Teerã.
Aos gritos de "morte à Alemanha, Alemanha fascista, vassalos do sionismo", os iranianos protestaram contra a Corte Suprema de Berlim, que condenou o regime iraniano como patrocinador do terrorismo internacional.
Os manifestantes pediram a ruptura das relações diplomáticas com a Alemanha e também gritaram slogans contra EUA e Israel.
O Parlamento iraniano se reuniu para analisar o futuro das relações com a Alemanha, após a sentença que culpou o Irã pelos assassinatos, no restaurante Mykonos, em Berlim, de quatro oposicionistas curdos em 1992.
A sentença, sem precedentes na história da Justiça alemã, esfriou as relações entre Bonn e Teerã, que retiraram seus embaixadores. Países da União Européia (UE), com exceção da Grécia, também retiraram embaixadores de Teerã.
Os parlamentares pediram para que o governo rompesse todos os investimentos e compras de equipamentos da Alemanha. "O diálogo (com a Alemanha) se tornou ineficaz", disse Hassan Ruhani, vice-presidente do Parlamento.
Serviços de inteligência dos Estados Unidos e da Arábia Saudita ligaram um funcionário do governo iraniano ao atentado a bomba contra um complexo militar norte-americano em Dahran.
A explosão, em junho de 1996, matou 19 militares norte-americanos e feriu mais de 500.
A informação foi divulgada pelo "The Washington Post". Ahmad Sherifi, um dos máximos dirigentes da Guarda Revolucionária, teria se reunido com o xiita Hani Abd Rahim Saiegh, que foi preso em março no Canadá por suspeita de participação no atentado.

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