São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997
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Vargas Llosa defende concessão

Reforma
da Cidade do México

DO "REFORMA"

O escritor peruano Mario Vargas Llosa defendeu "concessões" para resolver a crise dos reféns na casa do embaixador japonês na capital do Peru, Lima. O sequestro completou ontem 117 dias.
Membros do grupo MRTA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru) mantêm 72 pessoas como reféns, entre elas diplomatas, políticos e empresários.
O diário mexicano publica entrevista com Vargas Llosa, ex-candidato à Presidência do Peru.
Ele afirma que o governo peruano "demonstrou total incapacidade para manejar responsavelmente" a crise com o comando guerrilheiro do MRTA.
Segundo o escritor, o sequestro "é uma desgraça". Ele diz que "houve negligência", já que a nata do regime e da diplomacia estava reunida, durante uma festa na residência do embaixador Morihisa Aoki, "quase sem proteção ".
"Quando ocorrem fatos como esse é preciso negociar, devem ser feitas concessões", afirma.
O escritor não poupou críticas ao presidente peruano, Alberto Fujimori, que o derrotou na eleição presidencial.
Fujimori é acusado de destruir "a democracia peruana, que era imperfeita, porém tinha de ser aperfeiçoada, e não substituída por um regime autoritário".
Ao comentar sua experiência como candidato presidencial, Vargas Llosa diz que "foi instrutiva", porque permitiu que conhecesse melhor o país.

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