São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997 |
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Roberto Campos comemora 80 anos no Rio
CLÓVIS ROSSI
Pelo menos até 22h30 de ontem, eram raríssimos, nos salões do Hotel Copacabana Palace, os rostos que fazem notícia hoje, mas eram muitos os ex-ministros, especialmente da área econômica. Muitos e de ecumenismo amplo: de João Paulo dos Reis Velloso, ministro do Planejamento no período militar, a Edmar Bacha, economista da oposição ao ciclo autoritário e, depois, um dos pais tanto do Plano Cruzado como do Real. Políticos eram tão raros que provocaram até um comentário de Jorge Murad, que acompanhava o sogro, o ex-presidente Sarney: "Eu esperava ver muitos deputados e senadores". O mais destacado era exatamente o ex-presidente José Sarney, também companheiro de Campos como colunista da Folha. "Divergências de idéias nada têm a ver com amizades", brincava Sarney, cujas colunas contradizem, inúmeras vezes, as de Campos. O próprio aniversariante explicou a ausência de políticos: "Convidar um e não convidar outro é arranjar inimizade com toda uma bancada", brincou. Mas Campos diz que nunca foi, em seus 14 anos de mandato, primeiro como senador e agora como deputado de segundo mandato, um "homem de turma". Estavam desde artistas como Jorge Dória ao presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol Association), João Havelange. Até 21h30, o único representante do atual governo presente era o diretor da Área Externa do Banco Central, Gustavo Franco, cujo pai foi companheiro de Campos nos tempos da extinta Sumoc (uma superintendência do Banco do Brasil que cuidava de moeda e câmbio). Depois de uma hora e meia de coquetel, iniciado, aliás, com meia hora de antecipação em relação ao horário previsto (às 20h e não às 20h30), começou o jantar. À mesa principal, além do aniversariante e sua mulher, Stella, ficaram o ex-presidente Sarney e o presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho. Além de ex-ministros, o maior número de convidados era formado por empresários. Alguns, como Roberto Teixeira da Costa, vieram na condição de ex-alunos de Campos na Escola Nacional de Ciências Sociais, no Rio. "Era um professor brilhante", depõe Teixeira da Costa sobre a faceta talvez menos conhecida do aniversariante. Texto Anterior: "Bob Fields" é um injustiçado Próximo Texto: Maluf e Pitta não apareceram Índice |
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