São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997 |
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Para bispo da CNBB, ato é "divisor de águas"
IGOR GIELOW
"É preciso trabalhar o problema de forma justa", afirmou d. Demétrio, responsável pela área social da CNBB. "Estamos aqui, neste dia, para lembrar os mortos de Eldorado do Carajás. A maior necessidade é que isso nunca mais se repita", disse o bispo. Segundo Valentini, os 19 sem-terra mortos na cidade paraense há um ano são "mártires a serem lembrados". D. Demétrio criticou a política econômica do governo federal. "O governo precisa entender a economia em favor do povo. Não pode manter as coisas do jeito que estão", disse O religioso andou de braços dados com o ex-governador Leonel Brizola (PDT) durante o encontro final das colunas da marcha dos sem-terra. Ligação Havia diversos grupos religiosos na manifestação ontem. A ligação histórica dos sem-terra com os católicos facilita a situação. Em 1981, a Comissão Pastoral da Terra (ligada à CNBB) deu as diretrizes básicas para a organização de grupos sem terras no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Três anos depois, era formado oficialmente o MST em um congresso nacional. Durante o começo do ato ecumênico, por volta das 16h30 de ontem, foram contadas parábolas bíblicas envolvendo o tema terra. Participaram também da chegada da marcha dos sem-terra a Brasília religiosos protestantes. (IG) Texto Anterior: A marcha dos números Próximo Texto: Deputados de esquerda apóiam as invasões Índice |
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