São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997 |
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Ministro não vê possibilidade de Copa
MARCILIO KIMURA
Suas críticas eram dirigidas à desorganização da Conferederação Brasileira de Futebol. Para ele, a estrutura e a organização atual do futebol nacional é incapaz de abrigar um evento de tamanha dimensão. "Em 94, eu votei contra o Brasil ter a Copa. Não havia estrutura. E até agora nada mudou até agora", afirmou. Na segunda-feira, durante a entrega do prêmio Bola de Ouro, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse que nos próximos seis anos realizaria todas as mudanças necessárias. Segundo o dirigente, as chances brasileiras são grandes porque a Europa realizou a penúltima edição, América do Norte, a última, e a Ásia será a sede da próxima. A maior concorrente seria a África. Na América do Sul, a Argentina desistiria da candidatura, se o Brasil apoiasse a Olimpíada 2004 no país platino. "É possível a Copa acontecer aqui, se houver muito investimento privado. A economia também está mais estabilizada", concordou Pelé. O ministro deixou claro sua antipatia pelo trabalho de Teixeira, que, segundo ele, não acrescentou nenhum avanço durante sua gestão. "Não exite gerência na CBF." Eleição Ricardo Teixeira estaria fora da Confederação no ano da preterida Copa, pois seu mandato expira em 1999. Mas Pelé mantém o ceticismo também em relação a este fato. "Se ele (Teixeira) não arrumar nenhuma 'mutreta' na próxima eleição, como ele fez na passada... Já ouvi que ele montou um escritório em Brasília, para começar a conquistar adesão à Copa", disse. Para um outro presidente da entidade, Pelé sugere algumas modificações organizacionais. "É preciso programar melhor o calendário, fazer campeonatos regionais mais curtos e o brasileiro mais coerente", afirmou. Segundo Pelé, a Federação Carioca possui a situação mais crítica. "É preciso moralizar o futebol nacional, principalmente o carioca". (MK) Texto Anterior: Pelé quer fim de 'regalias' dos clubes Próximo Texto: Futebol traz danos à cabeça, diz estudo Índice |
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