São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997
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País tem tradição de escândalos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Se chegar a cair por causa do "Bibigate", Binyamin "Bibi" Netanyahu pode até pensar em voltar ao governo, a julgar por casos passados no Estado de Israel.
O caso mais famoso aconteceu em 1977, quando o premiê trabalhista da época renunciou após a descoberta de que sua mulher possuía uma conta bancária nos EUA, o que à época era proibido.
Aquele premiê se chamava Yitzhak Rabin, voltou ao governo em 1992 e foi assassinado em 1995, pelo radical judeu Yigal Amir.
Rabin não chegou a ser diretamente responsabilizado pelo caso, mas o abalo em sua imagem o forçou a deixar o governo de Israel naquela ocasião.
No atual gabinete, pelo menos três ministros já estiveram envolvidos em escândalos. Em 1983, Ariel Sharon e Rafael Eitan foram considerados indiretamente responsáveis pelo massacre de palestinos por milicianos cristãos em campos de refugiados do Líbano.
Sharon era ministro da Defesa e acabou renunciando; Eitan era chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel e foi censurado pelo caso.
Em 1984, o então comandante militar Yithzak Mordechai foi exonerado ao ser acusado de envolvimento na morte de dois terroristas palestinos pelo serviço secreto. Os envolvidos depois tiveram imunidade garantida.
Mordechai hoje é ministro da Defesa, Sharon ocupa a pasta da Infra-Estrutura e Eitan é o titular da Agricultura.

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