São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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Mercado de flats cresce 50% em dois anos

OSCAR RÖCKER NETTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Dentro de dois anos, a cidade de São Paulo vai receber pelo menos 3.210 novas unidades de flats, o que representa um crescimento de cerca de 50% aos já existentes e em operação hoje -6.511.
Nesse período estarão entrando no mercado os empreendimentos lançados a partir do ano passado. Os números são do consultor Robert Michel Zarif, 44, que faz levantamento de informações sobre flats para o Secovi-SP (sindicato de imobiliárias e construtoras).
Profissionais do setor imobiliário ouvidos pela Folha afirmam que o mercado tem potencial para absorver essa oferta.
Mas a rentabilidade proporcionada pelo flat, cujo comprador é majoritariamente (pelo menos 80%) o investidor, deve cair.
"O impacto vai ser forte. A rentabilidade deve cair, mas o mercado deve se ajustar em três ou quatro meses", avalia Álvaro Augusto Fonseca, coordenador da área de Flats do Secovi-SP. "O quanto vai cair depende de como estiver a economia", diz Zarif.
Hoje, um flat tem retorno médio líquido de 1% ao mês sobre o patrimônio aplicado. Há variações acima disso, de até 1,7%.
Demanda
Por outro lado, a demanda de usuários de flats é alta. "Em época de eventos, não se encontra flat vago em São Paulo", diz Antonio Carlos Jorge, dono da incorporadora Jorge's, que lançou quatro empreendimentos em 96.
Segundo Zarif, a taxa de ocupação em São Paulo no ano passado foi de 70%. Os Jardins têm 5.486 das unidades prontas ou em construção em São Paulo.
Os usuários de flat são, normalmente, executivos de empresas em trânsito pela cidade. Uma parcela menor é formada por moradores fixos desses apartamentos.

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