São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997
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Ligações perigosas

JUCA KFOURI

Faltou dizer ontem que os esquemas da Confederação Sul-Americana de Futebol fazem parte do mesmo bolo que envolve da Fifa à CBF.
O São Paulo soube se adaptar quando foi bi da Libertadores, passando até por compadrios do então presidente do clube e o da confederação.
Com o atual presidente tricolor, a coisa mudou a tal ponto que o São Paulo foi prejudicado no Morumbi na decisão que lhe custou o tri.
O Grêmio, duas vezes campeão, conhece o caminho das pedras mas, embora nem seja mais presidente do clube, Fábio Koff, como Fernando Casal de Rey, não é exatamente o dirigente do sonhos desses esquemas.
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A CBF jura que agora é para valer e que no Brasileirão deste ano não teremos nem cartolas nem jornalistas dentro do campo, mesma promessa feita no ano passado e não cumprida.
Agora é capaz de acontecer mesmo, não pela CBF -que permite que a mesma bagunça que acontece nos estaduais impere na sua Copa do Brasil-, mas por exigência da TV que pagará caro e quer um espetáculo limpo. Aleluia!
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É natural que a CBF nem queira ouvir falar em dispensar da seleção os jogadores paulistas que estarão disputando as finais do estadual.
E bem que o santista Mário Covas poderia guardar prudente distância da FPF, sob pena de ficar com sua imagem comprometida não só pela ligação em si, como, mais especialmente, junto a palmeirenses e corintianos, os principais prejudicados.
E longa vida ao imperador do Japão, Akihito!
A Pelé Sports & Marketing obteve financiamento externo para construir um estádio em São Paulo e, por meio de seu vice-presidente Hélio Viana, contatou a FPF para estudar possível parceria.
Eis aí outra ligação perigosa. E inconveniente.
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Se o Vasco pudesse proibir jornalistas de entrar em São Januário, esses só teriam motivos para agradecer o privilégio de não ter que ver o ridículo time de Eurico Miranda.
Como o Vasco só pode fazer o que fez -ameaças-, basta chamar a polícia para dar garantia aos que forem ao estádio para trabalhar e, eventualmente, prender os chantagistas.
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Muricy continua, e Cilinho já trabalha pelo São Paulo. Honestamente.

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