São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
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Justiça recebe outras ações

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

Mesmo depois de o governo receber os R$ 3,3 bilhões pela venda de parte de suas ações na Vale do Rio Doce, requerimentos de liminar e processos contra o negócio ainda rondam a empresa.
Pelo menos quatro pedidos de liminar -dois na Justiça Federal do Rio e dois no STJ (Superior Tribunal de Justiça)- foram ajuizados pelo advogado Marcelo Cerqueira na semana passada e poderão ser julgados nesta semana.
O último, feito em ação civil pública movida pela Associação dos Empregados da Vale, quer a anulação do edital que convocou a assembléia de acionistas da empresa.
A assembléia seria nula por ter sido convocada quando liminar da juíza Valéria Medeiros de Albuquerque, da 9ª Vara Federal, suspendia os efeitos do leilão.
Outro processo ajuizado na Justiça do Rio pede liminar contra a liquidação (pagamento) do leilão.
Nele, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho, acusa o Bradesco de ter participado da avaliação e da privatização da Vale -o que poderia gerar até inquérito criminal.
O procurador Newton Penna, do Ministério Público Federal, está examinando o processo.
No despacho em que remeteu o processo ao Ministério Público, a juíza Valéria Medeiros de Albuquerque diz que a "gravidade das acusações" seria suficiente para o cancelamento do leilão e para a adoção de medidas criminais.
No STJ, Cerqueira contesta decisão do ministro Demócrito Reinaldo, que cassou algumas liminares que proibiam o leilão.
Até sexta-feira, pelo menos 41 processos sobre a Vale tinham sido iniciados na Justiça Federal do Rio. Com a realização e a liquidação do leilão, muitos processos deverão ser extintos, pelo desaparecimento de sua razão de existir.
(WT)

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