São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
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Esquente seu lucro com bufês de sopa

Negócio é ideal para ser montado no inverno

CLEIDE FLORESTA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Com receitas criativas e muitas vezes sofisticadas, os restaurantes transformaram as sopas em um prato atrativo.
"O bufê de sopa deve ser um complemento permanente do cardápio e não uma oferta sazonal", diz Silvio Passarelli, 47, consultor de marketing do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Segundo ele, a sopa é um ótimo produto para conquistar novos clientes. "O prato atrai dois tipos de público: o que procura refeições leves e o que faz dietas."
Cuidados
Para adotar o sistema apenas no inverno, é preciso tomar cuidados na divulgação. "O ideal é anunciar a sopa como um alimento nutritivo e quente", diz Passarelli.
A consultora de marketing Ana Maria Buairide, 45, da Cia. de Marketing, diz que, apesar da sazonalidade do prato, é possível aproveitá-lo em outras estações, adaptando as receitas à temperatura.
Ela afirma ainda que o empreendedor não deve transformar a sopa no carro-chefe do negócio. "Ela deve ser um complemento do cardápio."
Pioneirismo
Essa foi a fórmula que o restaurante Estrela da Terra, em Curitiba (PR), encontrou para fazer sucesso. Alternando dez sopas com a comida típica paranaense, esta servida à la carte, as irmãs Helena Menezes, 43, e Joana D'Arc, 40, aumentam, no inverno, em 60% a clientela da casa por causa do bufê de sopas.
No inverno, servem 200 pessoas por noite, em média. A idéia deu tão certo que elas estão dando assessoria a pequenos restaurantes.
O serviço custa cerca de R$ 2.000. Mas Helena afirma que esse valor varia de acordo com a necessidade e as condições do cliente.
Além de ensinar a montar a loja, dar dicas e endereços de fornecedores, as sócias fornecem receitas.
Helena diz que, para montar um bufê, é preciso ter pelo menos 50 lugares no restaurante. "Menos que isso dá prejuízo", garante.
Alguns cuidados, afirma ela, que parecem insignificantes, podem determinar o sucesso do negócio.
"Apesar de todo mundo gostar de sopa de cebola, ela sempre sobra, porque, com a variedade do bufê, as pessoas querem as novidades", afirma Helena. Outra dica é ousar no tempero e buscar receitas novas.
O Estrela da Terra cobra R$ 8 por pessoa no bufê. O restaurante movimenta, em média, R$ 1.600 por noite e o faturamento é de 45%.
Para Helena, a vantagem do investimento é que entra dinheiro todo dia, permitindo tirar o capital de giro do próprio faturamento.
O retorno do investimento, cerca de R$ 20 mil, se dá em um ano. "Uma boa adega, com vinhos tinto e branco para acompanhar, também contribui para o sucesso."

LEIA MAIS sobre bufês de sopa nas págs. 9-2 e 9-14

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