São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
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Escola de idiomas está em expansão

VIVIANE ZANDONADI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

As franquias brasileiras de escolas de idiomas são um negócio em expansão no país.
Como é praxe nesse empreendimento, o franqueador expande a sua marca, e o franqueado tem a oportunidade de abrir o negócio com o respaldo da experiência.
Mas Celina Kochen, 49, da Kochen Consultoria, diz que todo o cuidado é pouco na hora de abrir uma franquia do gênero.
"As barreiras para entrar no mercado de franquia são fracas. Por isso, o interessado deve ter cuidado ao assinar o contrato."
Segundo ela, algumas franquias de escolas de idiomas só querem vender material didático e acabam não dando apoio aos franqueados.
Ela diz que, para não correr riscos, o franqueado deve estar informado sobre o que é a franquia e quais são as assessorias oferecidas -marketing, treinamento, metodologia, pedagogia, manutenção operacional e suporte técnico.
"A sobrevivência das franquias pode superar o sucesso dos negócios independentes justamente devido às garantias e seguranças oferecidas pelas redes."
Serviços fartos
Para se manter nesse mercado competitivo, as franquias têm diversificado os serviços oferecidos.
A The Kids Club, rede de origem inglesa, oferece cursos do idioma só para crianças com até dez anos de idade. Para diferenciar-se no mercado, a empresa faz parceria com escolas particulares.
Com essa opção, o franqueado da rede elimina a necessidade do ponto comercial. A escola que aceita a parceria tem direito a uma participação de até 12% no lucro. No ano que vem, a rede pretende abrir novos cursos -dessa vez, para adolescentes e adultos.
Gláucia Ettori, 39, responsável pelo franchising da The Kids Club, diz que o investimento em uma unidade da rede costuma retornar em oito meses.
"No início, o franqueado é dono e professor e não tem nenhuma despesa com pessoal. Quando formar uma turma de pelo menos 50 alunos e houver necessidade de contratar professores, os custos serão baixos, pois não há gastos com aluguel, água e luz."
Já o Yázigi está usando a Internet para conquistar sua fatia nesse mercado. Nas suas escolas, as crianças também aprendem a navegar pela rede mundial de computadores durante as aulas de laboratório.
Em uma estrutura de escola tradicional, o franqueado precisa arcar com os gastos de ponto, projeto arquitetônico e equipamentos de informática.
Os royalties de 8% sobre o faturamento bruto são investidos no material didático, e a taxa de propaganda é de 5%.
Cláudio Tieghi, 31, gerente de novos negócios, diz que a empresa oferece treinamento e assessoria em marketing, pedagogia e informática, mesmo depois da implantação do negócio.
O Yázigi oferece cursos de idiomas para crianças, adolescentes e adultos e possui unidades também no exterior, permitindo o intercâmbio entre os países.
Os investimentos em uma franquia de idiomas variam de R$ 4 mil a R$ 90 mil, dependendo da estrutura da escola que se pretende montar (veja quadro abaixo).
Ganhando o país
A Number One, fundada há 24 anos em Belo Horizonte (Minas Gerais), tem unidades franqueadas em São Paulo, no Rio, na Bahia, em Mato Grosso e em outros sete Estados do país.
Gerson Oliva, 49, superintendente de franchising, diz que a "experiência e métodos modernos garantem o sucesso da rede".
A Number One usa programas exclusivos de computadores multimídia. "A estrutura das unidades franqueadas é adaptada às necessidades de cada região."

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