São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997
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Conheça a máquina por dentro

DA REDAÇÃO

Todos que acompanharam a disputa entre Deep Blue e Kasparov sabem que a máquina é capaz de analisar 200 milhões de posições por segundo.
Isso é possível graças ao cérebro desse computador, formado pela combinação de processadores de alta velocidade e chips específicos para jogar xadrez.
O Deep Blue é baseado no computador RS/6.000, uma máquina que pode ter até 512 processadores trabalhando em conjunto -como se 512 computadores analisassem um pedacinho de um problema e combinassem o resultado.
No caso do Deep Blue, são 32 nós. Cada um tem uma placa com oito chips especiais para xadrez, totalizando 256 processadores atuando em conjunto.
Para completar, há um programa com conhecimentos enxadrísticos, bancos de dados com partidas e regras para tomar decisões.
Ele respeita quatro valores básicos: material (peças), posição, segurança do rei e tempo. As peças recebem valores -o peão vale 1, e a rainha, 9, por exemplo.
Já a posição é analisada em função das casas que cada uma das peças pode atacar em cada lance.
O software está em linguagem "C" e funciona com o sistema operacional "AIX", uma versão do Unix desenvolvida pela IBM.
O Deep Blue é resultado de 12 anos de pesquisa. Seu mais antigo ancestral direto é o Chiptest, que começou a ser criado em 1985, em um projeto de doutorado (leia o quadro acima).

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