São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997
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Balística vai identificar quem deu tiros

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Exame de balística pode apontar quem atirou
O exame das armas dos PMs envolvidos na desocupação dos prédios da CDHU vai permitir identificar quem disparou contra os três sem-tetos mortos anteontem.
"Não é problema que todas as armas sejam 38, da marca Taurus. Cada arma deixa uma marca particular, que é específica como uma impressão digital", informou Osvaldo Negrini Neto, diretor técnico do Instituto de Criminalística.
A Folha apurou que PMs ligados à ação e ao Inquérito Policial Militar do caso contam com a suposta demora e imprecisão na análise das 98 armas para que ninguém seja acusado.
É citado como exemplo o Massacre do Carandiru, em que a balística não foi feita porque demoraria cerca de 70 anos, devido ao grande número de armas e projéteis.
O perito Negrini esclareceu que, mesmo que os depoimentos não permitam isolar as armas mais suspeitas, o IC tem como separar os revólveres que dispararam recentemente por testes químicos.
Na hipótese de haver dez armas a serem confrontadas com três projéteis retirados das vítimas, Negrini estima que seriam necessários de uma semana a três meses.
(RSc)

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