São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997 |
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Ação teve falha, diz especialista
DANIELA FALCÃO
Eles afirmam que, se os PMs tivessem equipamentos para proteção (como escudos e bombas de gás lacrimogêneo), não teria havido necessidade de uso de armas de fogo no momento do conflito. O holandês Cees de Rover, coronel da polícia e consultor da ONU (Organização das Nações Unidas), afirmou que as táticas modernas de enfrentamento recomendam que não sejam usadas armas de fogo nas operações para resolver problemas. "A polícia não precisa atacar para conseguir desocupar um prédio ou terreno. A primeira alternativa deve ser sempre o diálogo. Se todas as tentativas de negociação fracassarem, os policiais devem tentar conquistar espaço se protegendo", disse o holandês. "Quando se tem a idéia de que vai haver confronto, a polícia tem de tomar precauções para proteger seu próprio pessoal. Ao fazer isso, ela dá meios para que eles evitem o uso da força. Mas pelo que vi pela TV, os PMs de São Paulo só dispunham das armas para se proteger", disse o tenente-coronel da PM de Alagoas João Raimundo Amorim. Amorim é único brasileiro que já participou do curso de direitos humanos dado pela Cruz Vermelha Internacional a policiais de todo o mundo, na Suíça. Texto Anterior: Covas diz não que não vê razão para punir policiais envolvidos Próximo Texto: Sem-teto quer ser sem-terra 'no futuro' Índice |
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