São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Última vítima é enterrada em SP Crise da mulher atrasou a identificação DA REPORTAGEM LOCAL O velório e o enterro do pedreiro Geracir Reis de Moraes, 42, morto no confronto entre a PM e sem-teto na Fazenda da Juta, zona leste de São Paulo, ocorreu somente ontem.A família teve dificuldades para liberar o corpo. Segundo Maria Cristina Sedemaka, 35, cunhada de Moraes, a família teve dificuldades para contatar a esposa de Moraes, Rosa Maria Sedemaka, que passou o dia de anteontem internada, "emocionalmente abalada." "Meu marido reconheceu o corpo do Geracir ontem (anteontem), no IML (Instituto Médico Legal), mas não ele não foi autorizado a assinar os papéis da liberação", disse Cristina. Segundo Cristina, Rosa só teve alta na tarde de anteontem, quando foi à delegacia pedir informações. "Liberar o corpo mesmo, só conseguiu hoje (ontem), às 7h." O velório de Moraes, na igreja Nossa Senhora de Guadalupe, em Sapopemba, zona leste, ao lado do local do confronto, teve a presença de líderes sem-teto, deputados estaduais, vereadores e de membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara que estiveram ontem em São Paulo. No velório, os deputados tiveram contato com os ex-invasores do conjunto Juta 2 e procuraram obter informações sobre o confronto. "Precisamos das informações das pessoas que estavam na linha de frente do confronto", disse Fernando Gabeira (PV-RJ). Parentes de Leandro Aparecido Moreira, baleado na perna durante o choque, também estiveram no velório e disseram que ele passa bem. Moreira está internado no hospital Nardini, em Mauá, e seria operado ontem. Texto Anterior: Invasor reconhece policial que atirou Próximo Texto: Polícia vai elaborar croqui da ação Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |