São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 1997 |
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Grávida se recusou a sair
MARCELO OLIVEIRA
Zilda, segundo sua sogra, Cristina Lúcio, 43, temia que algo acontecesse ao marido. Ela estava com as duas filhas do casal, Jéssica Renata, 7, deficiente-auditiva, e Caroline Cristina, 3. "Segundo o líder da rebelião, a Zilda e as crianças estavam sendo a garantia dos presos", disse Cristina. A mãe de Toni recebeu um bilhete do filho, no qual ele pedia um par de chinelos para a mulher, um par de tênis para ele, além de roupas e toalhas para as crianças. Segundo Cristina, Toni foi preso no domingo de Páscoa e ainda aguarda a sentença do juiz. Cristina disse que sua nora visitava Toni com as crianças todo domingo. Zilda mora com a sogra em Poá (Grande São Paulo). A rebelião virou atração em Ferraz de Vasconcelos. De 100 a 200 pessoas ficaram observando o motim em frente à cadeia. A maioria eram parentes dos presos. Todos tentavam obter informações dos detentos e mandavam bilhetes por funcionários da prefeitura ou da cadeia, que ficaram como intermediários. Um transeunte não-identificado que passou pelo local disse: "Agora quem não conhece Ferraz, vai conhecer pela televisão". (MO) Texto Anterior: Suposto delator é pendurado Próximo Texto: Câmara aprova lei para favorecer Maluf Índice |
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