São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 1997
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Motta diz que articula se for chamado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Sérgio Motta (Comunicações) disse ontem, após reunião de uma hora com o novo líder do governo na Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), que continuará na articulação política do governo sempre que for convocado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Como disse o próprio presidente em entrevista, todos os ministros devem participar. Nunca fui coordenador político, sou ministro das Comunicações, mas sempre tive um papel político", afirmou Motta.
"Sempre ajudei em todas as horas que o presidente me convocou. Continuarei ajudando quando for convocado", completou.
Esse foi o primeiro encontro de Motta com Luís Eduardo, depois da nomeação do pefelista para líder, na semana passada. Antes de aceitar o cargo, o deputado condicionou seu ingresso na liderança ao afastamento de Motta da coordenação política do governo.
Na entrada do gabinete da liderança na Câmara, os dois posaram para fotos se abraçando. Na saída, Motta elogiou Luís Eduardo, os líderes dos partidos governistas e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), com quem já se desentendeu por causa da condução da reforma administrativa.
Sobre a votação das reformas, Motta afirmou que concordou com a estratégia de Luís Eduardo. Segundo o ministro, "não interessa ganhar a qualquer custo".
"Vamos discutir e ganhar sem abrir mão da essência dos projetos. Não vamos votar reforma somente para iludir o país. Interessa ganhar de acordo com o interesse do povo", disse o ministro.
Moreira Franco (PMDB-RJ), relator da reforma administrativa, participou do encontro entre o novo líder e o ministro.
Motta afirmou que deu ao líder "elementos" para ele conduzir a aprovação da Lei Geral de Telecomunicações, com votação prevista para esta semana.
Sérgio Motta disse que sempre defendeu junto a FHC a entrada de Luís Eduardo no comando da articulação do governo.
"Isso restaura o grupo articulador que teve enorme sucesso nos dois primeiros anos do governo", afirmou.
Luís Eduardo exercia a presidência da Câmara na primeira metade do governo FHC, quando foram aprovadas as reformas econômicas e a reeleição.
"Com a mudança das lideranças, houve um período em que alguns problemas aconteceram até pela perda do antigo conjunto", disse o ministro.
Ele classificou sua relação com Luís Eduardo como "íntima, fraterna, emocional e de amigos".

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