São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 1997 |
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Irmãos acham rapaz morto na banheira
MARCELO GODOY
A polícia quer saber a causa da morte de Thomas. Também requisitou ao IML (Instituto Médico Legal) um laudo toxicológico para saber o que o estudante ingeriu na madrugada de ontem e se há água ou gás carbônico em seus pulmões. O caso foi registrado inicialmente como suicídio, mas a polícia descartou a hipótese depois de examinar o local do fato e conversar com familiares do estudante. Thomas morava com os irmãos Ralf e Bruno. A Folha procurou os irmãos de Thomas ontem à tarde, mas eles não quiseram dar entrevista. Segundo o delegado Francisco Rodrigues Alves Filho, 34, do 20º DP, a investigação dependerá dos laudos e dos depoimentos dos irmãos. O policial disse que conversou com Bruno e Ralf. "Eles me disseram que a vítima foi tomar banho ontem (anteontem) à noite e fechou as vidraças e a porta do banheiro. Thomas teria morrido, provavelmente, intoxicado com o gás do aquecedor ou afogado na banheira." Aquecedor Thomas encheu a banheira para se lavar. A água é esquentada por um aquecedor a gás que fica logo acima da banheira. Ainda segundo o delegado, os irmãos disseram que foram dormir pensando que Thomas já havia saído do banho. Também teriam dito que acordaram e viram que o carpete de uma das salas estava molhado porque estava saindo água por debaixo da porta do banheiro. Segundo o delegado, Bruno e Ralf afirmaram que retiraram Thomas da banheira para tentar reanimá-lo, fazendo respiração boca a boca. "Eles também me disseram que lavaram o banheiro porque a vítima teria vomitado muito antes de morrer e o cheiro estava insuportável", disse o delegado. Segundo ele, o corpo de Thomas estava na sala, sobre o carpete. Os peritos do Instituto de Criminalística foram chamados para examinar o local. "Eles farão um laudo mesmo que seja só para constatar que o local do fato foi alterado." Os laudos toxicológico e da causa da morte de Thomas deverão ficar prontos em cerca de 30 dias. "Por enquanto, só posso dizer que o suicídio está descartado", disse o delegado. Os irmãos moravam sozinhos no Tremembé. A casa fica a cerca de cem metros do presídio militar Romão Gomes. O comerciante Norberto Ralf Theil, pai dos rapazes, mora no Morumbi (zona oeste). A mãe deles, Dorothea Theil, está na Alemanha. Texto Anterior: Ex-vereadora é acusada de pôr fogo em mulher em Sorocaba Próximo Texto: Justiça suspende privatização de rodovia Índice |
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