São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997 |
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Nenhum ministro comparece à SBPC
MARCIO AITH
É a primeira vez durante o governo de FHC que uma reunião da SBPC -realizada com recursos do próprio governo federal- deixa de contar com pelo menos um membro do primeiro escalão. O fato, considerado por coordenadores do evento como um claro sinal de distanciamento e de desprestígio, contribuiu para reduzir o calor dos debates realizados durante o encontro, caracterizados pela falta de divergência entre os participantes. Além dos ministros de Ciência e Tecnologia e da Educação, Israel Vargas e Paulo Renato, também rejeitaram convites para ir ao evento os titulares das pastas da Cultura, Francisco Weffort, do Planejamento, Antonio Kandir, da Saúde, Carlos César de Albuquerque, e dos Assuntos Fundiários, Raul Jungmann. Fratura no pulso O secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Lindolpho Dias, informou que o ministro Vargas não pôde ir por ter fraturado o pulso. Dias substituiu o ministro na abertura oficial do evento. A Folha apurou que, poucos dias antes da SBPC, a assessoria de Vargas fez pressões junto à coordenadoria do evento para permitir que o ministro discursasse depois do presidente da entidade, Sérgio Henrique Ferreira. O pedido foi rejeitado. Na cerimônia de abertura do evento, Ferreira acabou criticando, em seu discurso, a política científica do governo. Sobre a ausência de ministros no encontro, Ferreira disse entender essa posição como contraditória: "Ele (o governo) financia o evento, o que não é barato, mas não se submete a debater suas concepções e programas". Texto Anterior: Equilíbrio é chave para lei antibiopirataria Próximo Texto: Carne e ricota têm contaminação alta Índice |
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