São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997 |
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Carne e ricota têm contaminação alta
RICARDO BONALUME NETO
É o que indicam as mais novas pesquisas de um grupo da Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), que estuda a contaminação de alimentos. No ano passado a mesma equipe, que apresentou estudo na SBPC, realizado em São Paulo, detectou que 65% do queijo fresco analisado tinha problemas de contaminação por bactérias. A equipe esperava encontrar menos problemas com a ricota, que passa por mais processos de esquentamento (e, portanto, esterilização) do que o queijo fresco. Mas houve 36% de contaminação, "muito acima do que esperávamos, deveria ser bem menos", diz Mollo, especialista em microbiologia. A mais nova pesquisa, ainda não publicada, envolve bombas doces de padarias. Dados preliminares indicam que 60% são impróprias. "Não somos um órgão de fiscalização, por isso não divulgamos a marca das ricotas", disse a química Carmen Bazzani. O trabalho sobre contaminação de alimentos está sendo feito com alunos do quarto ano do curso de nutrição. Os alunos também estão checando amostras de alface. O próximo passo da pesquisa será uma campanha educacional para informar os açougues, empórios e padarias sobre os problemas. No caso da carne, a origem do problema foi a manipulação pelos açougueiros, notadamente a falta de higiene em tábuas de carne e trituradores de carne moída. Já a ricota tem problemas de conservação, cuja origem está nos laticínios, o que vai complicar o trabalho de conscientização e de descoberta dos problemas, pela maior dificuldade de acesso a eles. (RBN) Texto Anterior: Nenhum ministro comparece à SBPC Próximo Texto: Bactérias ficarão mais resistentes Índice |
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