São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997 |
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Prefeitura não comenta caso
DA REPORTAGEM LOCAL O assessor de comunicação da Secretaria Municipal da Saúde, Orlando Magnoli, não quis comentar a informação do Ministério da Saúde de que a Prefeitura de São Paulo não gastou nem metade da verba federal que lhe foi repassada para os programas de Aids."'Ainda não fomos informados oficialmente de nada pelo ministério", disse Magnoli. "No momento, não sei exatamente quais os dados de gastos com Aids que foram transmitidos ao ministério." Magnoli não soube precisar quanto dos pouco mais de R$ 2 milhões que o governo federal repassou à prefeitura já foram gastos com a doença. Algumas ONGs (organizações não-governamentais) de pacientes com Aids vêm denunciando desde o ano passado o descaso da prefeitura com os programas de tratamento e prevenção da doença. Sem campanhas "Há tempos, não vemos campanhas educativas sobre Aids promovidas pela prefeitura", disse Mário Scheffer, diretor do Grupo pela Vidda. "É lógico que a prefeitura não aplicou mesmo o dinheiro recebido." Segundo Eduardo Luiz Barbosa, presidente do GIV (Grupo de Incentivo à Vida), faltam até infectologistas nos centros de tratamento de Aids mantidos pela prefeitura. "Nas cooperativas do PAS (Plano de Atendimento à Saúde), os doentes com Aids não são atendidos e são empurrados para a rede do Estado", afirmou Barbosa. Texto Anterior: Saúde corta verba para Aids em 18 cidades Próximo Texto: Melhora vida de aidéticos do país Índice |
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