São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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Festival de curtas de SP apresenta CD-ROM

DA REDAÇÃO

A apresentação de um CD-ROM sobre a produção brasileira de curtas-metragens, com ênfase nos marcantes dez últimos anos, e uma retrospectiva do cinema negro são as principais atrações do 8º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, que acontece entre 21 e 30 de agosto próximo em quatro salas da cidade (Cinesesc, Museu da Imagem e do Som, Espaço Unibanco e Centro Cultural São Paulo).
O CD-ROM "Trajetória do Curta Brasileiro/Filmografia 1986-96" sistematiza sobretudo as informações referentes ao "boom" da produção nacional que a um só tempo catalisou e foi catalisado pelo próprio surgimento do evento. Uma antologia de artigos, ensaios e documentos, e uma filmografia completa, com trechos de alguns destaques, traçam uma pioneira história multimídia do gênero no Brasil.
As relações entre o curta e a cultura negra pautam o mais importante ciclo. "Foco: Cinema Negro" reúne produções africanas, brasileiras e européias.
Entre os destaques encontram-se de títulos clássicos como "Afrique Sur Seine" (Pauin Vieyra, 1955) a sucessos recentes como "O Jogador de Damas" (Balufu Kanyinda, 1997), que gira em torno de Mobutu, o ex-ditador do ex-Zaire.
Cannes-97
O festival apresenta ainda um panorama com 68 títulos (dos 700 inscritos) da produção internacional do último ano.
Diversão certa é o vencedor da Palma de Ouro de Cannes-97, "É O Desenho da Embalagem" (Is It The Design of the Wrapper?), da britânica Tesha Sheridan, sátira às pesquisas de mercado através do olhar de uma menina.
O programa destaca também o mais completo painel da safra nacional 1996/97. Entre outros, serão exibidos pela primeira vez em São Paulo os novos filmes de Jorge Furtado ("Angelo Anda Sumido"), Carlos Gerbase ("Sexo & Beethoven - O Reencontro") e Bruno Vianna ("Rosa").
O curta "Peel" da neozelandesa Jane Campion ("O Piano"), Palma de Ouro em Cannes-86, é uma das atrações do programa feminino organizado pela Women Make Movies dos EUA. Mostras especiais trazem ainda uma seleção de experimentais japoneses ("Image Forum"), animações alemãs, curtas sobre alienação no mundo globalizado e filmes curtos portugueses. O foco autoral do ano destaca a produção experimental do alemão Matthias Mueller.

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