São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Ricca nega atuação ilegal

LUCAS FIGUEIREDO
DO ENVIADO ESPECIAL

Contatado pela Folha em Buenos Aires, Luis Felipe Ricca não quis se pronunciar sobre o caso.
O advogado argentino afirmou, por intermédio de uma funcionária de seu escritório, que estava saindo de férias e que tudo o que tinha a dizer sobre o episódio já havia sido falado ao jornal "Clarín", de Buenos Aires, em entrevista publicada no dia 19 de março passado.
Nessa edição, Ricca negou ter sido testa-de-ferro de PC. "Fui somente o procurador em fundos que ele transferiu de forma totalmente legal."
"Se eu tivesse suspeitado que Farias tinha vínculos com a máfia, nem sequer o teria recebido em meu escritório", disse Ricca ao jornal argentino.
O advogado confirmou que sabia dos problemas do empresário alagoano com a Justiça brasileira.
"Quando falei com ele (Paulo César Farias) na Europa (em 1992), vimos que se complicava sua situação legal, e que ele tinha que fugir do Brasil, muito provavelmente sendo imobilizados os fundos que estavam em nome dele. Por isso decidimos abrir uma conta da qual eu fui o procurador", afirmou o argentino.
Segundo ele, isso aconteceu quando a Polícia Federal "apreendeu no Brasil uma agenda na qual estavam dados dessa conta, havendo grandes possibilidades de que se ordenasse o seu bloqueio".
Ricca foi envolvido no caso depois que investigadores italianos descobriram que ele movimentava uma conta de PC Farias que recebeu dinheiro de mafiosos italianos.
Ricca confirmou ao "Clarín" que havia dado depoimento a autoridades da Justiça da Itália em Buenos Aires.
"Eu expliquei em outubro aos italianos o mesmo que estou dizendo agora", afirmou ao jornal argentino em março passado.
(LF)

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