São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997 |
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Entenda o mecanismo das Bolsas Aplicar em ações traz risco GABRIEL J. DE CARVALHO
O que é a Bolsa de Valores? É uma sociedade civil sem fins lucrativos, formada por corretoras, que mantém local apropriado para negócios com ações. O que é uma corretora? É uma instituição financeira estatal ou privada, ligada a um banco ou independente, que faz a intermediação na compra e venda de ações e pode participar do pregão (local dos negócios) na Bolsa. Para que serve a Bolsa? Centraliza as operações de compra e venda de ações, agiliza a troca de informações sobre preços, faz a liquidação de contratos etc. O que é o Índice Bovespa? Entre centenas de ações, as mais negociadas compõem um indicador de como se comporta o mercado. Hoje são 47 ações, cada um com um "peso" no índice, medido em número de pontos. Há outros, como IBX, Isenn e FGV-100. O que é ação? É um título que pode ser negociado e representa uma parcela do capital social de uma empresa. Quais são os tipos de ações? Os principais são as ações ON (ordinária nominativa, que dá direito a voto nas assembléias de acionistas), PN (preferencial nominativa, que tem prioridade no recebimento de dividendos), OP e PP (idem, mas ao portador). O que é dividendo? É a parcela dos lucros de uma empresa que são distribuídos aos acionistas em dinheiro. Minhas ações podem subir se o índice cai? Sim. A evolução de um índice reflete a média de várias ações. Como aplicar na Bolsa? Quem tem de R$ 100 mil para cima pode procurar uma corretora ou um banco para formar sua própria carteira de ações. A opção para os demais são os fundos. Quando comprar? E vender? Comprar na baixa e vender na alta é o melhor negócio possível. Difícil é saber qual o momento da maior baixa e da maior alta. Para isso existem profissionais do mercado e administradores de fundos. Nos últimos dias, todo o mercado esteve perdido. Qual a tendência da Bolsa? No curto, médio e longo prazos? No curto prazo é uma incógnita. Ainda há espaço para quedas, dizem os analistas, mas as perspectivas a longo prazo são positivas. O que mais influencia a Bolsa? Hoje no Brasil é o programa de privatização. A situação das contas externas também tem sua influência. No exterior pesa bastante a perspectiva de lucro das empresas. Qual a relação entre a situação econômica e a Bolsa? Não há uma relação direta, mesmo porque o mercado é concentrado em ações de poucas empresas. Indiretamente há relação, pois, se o Real fracassar, por exemplo, não há Bolsa que resista. Uma recessão também influi porque o lucro das empresas pode cair. Por que às vezes uma boa notícia derruba a Bolsa? Porque a alta pode ter ocorrido antes, na expectativa da boa notícia. Quando ela se concretiza, muitos investidores vendem para "realizar lucro" em cima da alta anterior. (GJC) Texto Anterior: Prefeito Cárdenas dá fôlego à Bolsa mexicana Próximo Texto: Jogo arriscado Índice |
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