São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Piloto é 'globalizado'

FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Gil de Ferran nasceu na França, mas ganhou nacionalidade brasileira.
Após cinco anos de competição no automobilismo nacional, viajou para tentar a sorte na Inglaterra.
Lá, conheceu Angela, com quem é casado e tem dois filhos: Anna Elizabeth, brasileira, e Luke, nascido este ano nos EUA.
Apesar da maré de maus resultados entre o fim da última temporada e o início da atual, Ferran evita falar em azar.
"Quem acredita em azar vira preguiçoso."
(FSx)
*
Folha - O que está faltando para vencer este ano?
Gil de Ferran - Não falta nada. A temporada está sendo fantástica. Não ter vencido não me incomoda. É só uma questão de tempo. Folha - Dos seis primeiros na classificação, você é o único que ainda não venceu. Qual é o segredo?
Ferran - Não tenho segredo, não tenho nenhum trunfo. Constância e regularidade, na Indy, são muito importantes. O Tracy, por exemplo, não é constante. Ele está caindo de produção nos mistos.
Folha - Qual prova foi o divisor de águas do ano?
Ferran - A corrida do Brasil. Até aquela prova, parecia que a gente não conseguia fazer nada certo. Folha - Como você enfrentou as críticas?
Ferran - Encarei de maneira natural. Sempre que alguém fala algo, presto atenção e depois, sossegado, no meu quarto, paro para pensar. Eu via que não havia nada que apontasse para mim.
Folha - Dentro de sua carreira, como é o momento que você vive hoje?
Ferran - Estou guiando melhor do que nunca.
Folha - Alguma prova deste ano foi especial?
Ferran - A corrida especial ainda está por vir. Uma vez perguntaram para o Enzo Ferrari qual foi o melhor carro que ele já havia produzido. Ele respondeu: "O próximo".

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