São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997
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Boas idéias garantem desfiles

DA REDAÇÃO

Boas idéias ganham o público
Neste MorumbiFashion, as confecções percebem que é preciso caprichar na diferenciação para obter um melhor resultado de mídia e de público. Algumas boas idéias apareceram e, se não chegaram bem resolvidas até o final, ao menos agitaram bem os corredores do pavilhão Manoel da Nóbrega.
Mas atenção: o econômico uso desses efeitos é a chave de seu sucesso. Por exemplo: o cabelo azul que poderia dar o tom de modernidade à Ellus escorreu, e o superflash que dava contorno às modelos na passarela até cansou.
As experiências sensoriais tomaram conta: na M.Officer, na instauração (que este ano pareceu meio forçada) de Tunga; na passarela de pó de café da Zapping, na de areia para Ricardo Almeida e no chão de penas de galinha que mais serviu para despertar a alergia da primeira fila.
Ainda sobre Zapping, o polêmico Gerald Thomas lembrou a era dos megadesfiles, com sua operística superprodução clubber-tupiniquim na Zapping. Ao menos divertiu a entediada platéia que saía do desfile da Iódice.
A Vide Bula fez ventar com um ventilador de cinema e pôs suas modelos nos anos 90 com o som tecno-punk do P.U.S., que tocou em cena. Também ao vivo, a bandinha de Sommer deixou todo mundo sorrindo.
A Patachou marcou pontos na iluminação diferenciada de Maneco Quinderé, enquanto a Viva Vida fez clima de cinema com luzes vermelhas no fundo da cena e uma passarela com a ponta giratória. Fause Haten encheu os olhos do público com seus surfistas, que distribuíam belíssimos colares havaianos de cravos e orquídeas.
Em tempos de poucos brindes e nenhuma marca investindo no chamado "efeito champagne" (coquetel antes do desfile), fina mesmo foi a Viva Vida, que deixou garrafinhas de Evian sobre as cadeiras.

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