São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997 |
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Modo de usar é que faz toda a diferença
ERIKA PALOMINO E CESAR FASSINA
Um bom ponto de partida para quem quer começar a pensar em seu guarda-roupa de verão é tomar a sensualidade como linha mestra. Uma forma garantida são as as saias curtas ou curtíssimas, com fendas laterais ou na frente. As mais compridas também têm. A assimetria detonada nas últimas temporadas é praticamente obrigatória, em qualquer comprimento. Um hype nessa linha é a tipo pareô, com cintura baixa, da Zoomp. As saias sem cós são hit. Quem quer trocar os blazers no próximo verão deve prestar atenção nos ombros, que vêm mais reforçados (estruturados). Vêm mais justos na altura do busto, mais cinturados e mais curtos, lembrando aqueles usados nos anos 80 -década favorita para rever nesta temporada- e nos 40. Étnicos continuam em alta. Nas padronagens (tipo Prada), no modo de sobrepor as peças, nos acessórios, nas cores (tipo Prada). Uma das referências favoritas entre fashionistas é o japonismo. Alusões mais óbvias podem ser vistas nas sandálias e no bleu-de-chine da Viva Vida ou no obi (amarração de quimono) de Renato Loureiro (veja na página ao lado). Mas o que mais empolga é o perfume (palavra da temporada) ou inspiração na moda de Yohji Yamamoto e Rei Kawakubo. Não se trata de cópia, mas de trazer um espírito dessas roupas, remetendo também aos anos 80 comentados acima. É a maneira da maquiagem limpa e no "approach" de algumas peças de Reinaldo Lourenço; os leggings e as listras na silhueta de Alexandre Herchcovitch, bem como para sua alfaiataria. Transparências são perfeitas para o verão, com a sobreposição e os tops funcionando como arma para a mulher urbana lidar com as situações reais de seu dia-a-dia. O streetwear é a aquisição do mainstream. Muito fashion mesmo é uma roupa fina com tênis. Na moda deste verão, como usar é que faz a diferença. Texto Anterior: Boas idéias garantem desfiles Próximo Texto: Último dia tem chão de penas e areia Índice |
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