São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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Le Corbusier inspira Flávio de Carvalho

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Conhecido pelas polêmicas que criou em volta de sua produção, o engenheiro Flávio de Carvalho (1899-1973) teve papel importante no desenvolvimento do movimento da arquitetura moderna.
Depois de estudar em Newcastle (Inglaterra), ele volta ao Brasil em 1923 e começa a trabalhar no escritório do arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928), fazendo cálculos de projetos.
São as idéias do suíço Le Corbusier que levam Flávio de Carvalho à arquitetura moderna.
Sua primeira aparição como arquiteto ocorre em 1927, quando participa do concurso para a construção do Palácio do Governo do Estado de São Paulo.
Batizado de "Eficácia", seu projeto previa, entre outras coisas, a construção de um prédio com plataformas para a aterrissagem de aviões e uma casa com salas para festas. Sua idéia foi recusada.
A "derrota" não abala Carvalho. Nos anos seguintes, participa dos concursos para a construção da Embaixada Argentina no Rio de Janeiro (1928), da Universidade de Minas Gerais (1928) e do Palácio do Congresso do Estado de São Paulo (1929).
Mais uma vez, não ganha nada. Mas suas idéias (nada convencionais) começam a ser divulgadas.
Entre 1936 e 1938, dedica-se à construção de um conjunto de casas em um terreno de sua família, localizado na esquina da al. Lorena com a r. Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins (zona sudoeste).
Ali, ergue 17 sobrados, formando uma espécie de vila, e apresenta ambientes até então desenhados por aqui -solarium, mezanino e grandes vãos em salas.
Em 1938, volta a desafiar os padrões com o projeto de uma de suas mais polêmicas obras, em Valinhos (95 km a noroeste de São Paulo), onde construiu a sede da fazenda Capuava, conhecida por ter a forma de um navio.

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