São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Equipe cria célula "anti-rejeição"
DA "REUTER" Cientistas da Universidade Johns Hopkins desenvolveram as primeiras células humanas não-especializadas em laboratório. Elas podem crescer para formar diferentes células e tecidos do corpo e garantir a eliminação do risco de rejeição em transplantes de órgãos.A descoberta pode permitir uma eventual produção em laboratório de tecidos humanos, como o músculo do coração ou células nervosas, que tenham sido perdidos devido a doenças ou acidentes. Um relatório sobre a pesquisa foi divulgado na sexta-feira. A pesquisa também poderia permitir aos cientistas introduzir mudanças no código genético que é passado de uma geração à outra, mas os pesquisadores dizem que esse tipo de experiência está proibida na Johns Hopkins. Esse tipo de mutação já é produzida em camundongos. "Não realizaremos qualquer experiência que vise a engenharia genética no ser humano no meu laboratório ou em qualquer outro da Hopkins. Isso não é eticamente aceitável", disse John D. Gearhart, professor de ginecologia e obstetrícia na universidade e o pesquisador-chefe do projeto. As descobertas foram anunciadas pela primeira vez durante um debate sobre ética em clonagem e desenvolvimento de células em um recente congresso sobre desenvolvimento biológico. Detalhes foram fornecidos na sexta. Gearhart disse que escolheu esse tipo de congresso para anunciar a pesquisa para discussões éticas sobre o caso começassem imediatamente. As células não-especializadas foram desenvolvidas de tecidos obtidos em processos de gravidez interrompida. Os pesquisadores trabalham para desenvolver as células não-especializadas de maneira que elas possam ser manipuladas para criar o tecido desejado, como as do músculo cardíaco, células sanguíneas e nervosas, segundo relatou a universidade. "Baseado nos resultados com estudos animais, parece provável que poderemos alterar as células de maneira que o sistema imunológico do paciente não as reconheça como um transplante e as rejeite", disse Gearhart. "Se isso acontecer, teríamos um doador universal de células -células que poderiam ser transplantadas para qualquer receptor com pouca chance de rejeição pelo sistema imunológico", disse. Texto Anterior: Tribunal da guerrilha condena Pol Pot Próximo Texto: Construtor desiste de nova colônia Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |