São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997 |
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Fábricas descartam baixar produção de carros
ARTHUR PEREIRA FILHO
Esse volume é superior ao atual recorde da indústria, estabelecido em abril deste ano, quando foram produzidos 194.700 veículos. "Não há nada que indique a necessidade de uma revisão de planos", diz José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da Anfavea. No mês passado, as concessionárias, alarmadas pela queda de vendas durante dois meses seguidos e aumento de estoques (110 mil veículos nos pátios), tentaram organizar um movimento para obter dos fabricantes redução de preços e de produção. Os revendedores não tiveram êxito. A linha 98 começa a chegar às lojas com reajuste de até 2,5% e a indústria prepara novos recordes de produção. As montadoras pretendem fechar 96 com 2,050 milhões de unidades produzidas, 13,6% mais que no ano anterior. Nos últimos 12 meses, a produção brasileira de veículos já superou em 8.000 unidades a marca dos 2 milhões. No mês passado, a produção (177.221 unidades) caiu 6% em relação a junho. A queda foi causada pela parada de dez dias nas linhas de montagem da Fiat, que deu férias para os funcionários. As vendas no atacado (171.043) caíram 4,6%. Mas as montadoras comemoram a alta das vendas no varejo (do concessionário para o consumidor). As lojas venderam 4,3% mais em julho e o estoque caiu 4%. Descontos "Isso mostra que o consumidor foi às lojas e está comprando carros. O momento é favorável para o cliente, que pode obter grandes descontos e tem oferta abundante", afirma Pinheiro Neto. Segundo números da Anfavea, as concessionárias terminaram julho com 105.617 veículos estocados, suficiente para 18 dias de venda. No final de junho havia 109.776 unidades encalhadas. Revendedores estão "queimando" o estoque de modelos 97 para dar espaço para a linha 98. O desconto em alguns modelos chega a 15%. (APF) Texto Anterior: Déficit das montadoras atinge US$ 700 mi Próximo Texto: Bolsa paulista reage com alta de 5,15% Índice |
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