São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997 |
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Às claras; Trabalho desacreditado; Interesses públicos; Última esperança; Gastos com o papa; Superficialidade Às claras "Em virtude da reportagem publicada em 6/8, na qual se faz ligação de integrantes da Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO) com o ex-coordenador da Dívida Pública de São Paulo, cabe esclarecer que esse relacionamento era do conhecimento da empresa e tinha objetivos específicos. 1) Labieno Teixeira de Mendonça Filho, ex-diretor da CBPO, era responsável pelo relacionamento da empresa com as prefeituras de São Paulo e do interior do Estado e, assim, mantinha contatos com integrantes das administrações municipais, dentre eles o coordenador da Dívida Pública da Prefeitura de São Paulo. O órgão, encarregado, entre outras, da obtenção de recursos externos para as obras, obteve sucesso, por exemplo, no levantamento de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a realização de obras de canalização de córregos e do Projeto Cingapura, a cargo da CBPO e outras. 2) José Arthur Palma de Almeida, subordinado a Labieno, era responsável por obras da CBPO em Campinas, obras essas paralisadas por falta de recursos da prefeitura e da Caixa Econômica Federal. Diante do sucesso da Prefeitura de São Paulo na obtenção de financiamento externo, houve contato entre Almeida e o coordenador da Dívida Pública da Prefeitura de São Paulo com o objetivo de consulta sobre as possibilidades de levantamento de recursos externos também pela Prefeitura de Campinas. Nesse caso, porém, a alternativa não foi bem sucedida e, até o momento, a CBPO continua credora daquele município em cerca de R$ 11 milhões e as obras permanecem paradas. Por essas razões, a CBPO tinha conhecimento das atividades de seus ex-integrantes (hoje executivos de outras empresas do setor de construção)." Cesar Augusto Veloso de Castro, diretor de Relações Institucionais da CBPO -Companhia Brasileira de Projetos e Obras (São Paulo, SP) Trabalho desacreditado "A respeito da reportagem 'Controle de infecção no país ganha padrão' (26/7): sobre a regulamentação da lei 9.431/97, o Ministério da Saúde já está com uma portaria elaborada aguardando aprovação da assessoria jurídica. Portanto não é justo que seja publicado que partirá de uma associação específica de profissionais essa regulamentação. O documento elaborado pela Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar do Ministério da Saúde serviu para subsidiar grande parte das propostas apresentadas pela referida oficina. Não é correto desacreditar o trabalho que o Ministério da Saúde vem desenvolvendo por meio dessa coordenação, pois a maioria dos assuntos tratados e que estão sendo levados como proposta da oficina já estão em andamento no âmbito do ministério. A Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar tem sido a norteadora de todas as ações de controle de infecção hospitalar no país, fato omitido durante a realização da 1ª Oficina Brasileira de Controle de Infecção Hospitalar." Cid Roberto Bertozzo Pimentel, secretário-adjunto da Secretaria de Projetos Especiais de Saúde do Ministério da Saúde (Brasília, DF) Interesses públicos "Sobre a nota 'Bola nas costas', no 'Painel' de 2/8: 1) não cabe a esta instituição emitir juízo de valor político acerca da implantação da hidrovia Araguaia-Tocantins, não sendo, portanto, pertinente a insinuação de que esta procuradoria estaria atuando contrariamente à realização do empreendimento; 2) compete à Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso o controle da legalidade dos atos na defesa dos interesses públicos desse Estado; 3) com esse propósito, o Estado de Mato Grosso, por meio da Procuradoria, habilitou-se como assistente da autora (comunidade indígena xavante) na ação que tramita junto à Justiça Federal em Mato Grosso. Tal requerimento deu-se quando já havia sido deferida, liminarmente, a suspensão das obras da hidrovia." Beatrice Maria Pedroso da Silva, procuradora-geral do Estado de Mato Grosso (Cuiabá, MT) Última esperança "Cai a última muralha da moralidade no Brasil: a CPI dos Precatórios era nossa última esperança de justiça." Curt Nees (Joinville, SC) Gastos com o papa "A vinda do papa trará uma série de gastos para o país. Se esses gastos saíssem do bolso da Igreja Católica e de seus pares, não haveria motivos para contestações. Porém uma boa parte das despesas com a hospedagem do papa virá do dinheiro público, com isenção de imposto para empresas devedoras que contribuírem para cobrir esses gastos." Adamo A. Bazani (Santo André, SP) Superficialidade "Admiro a inteligência eclética do sr. Otavio Frias Filho. Porém em seu artigo 'Quando falam as baionetas' (24/7) ele se mostrou de uma superficialidade incrível com relação aos acontecimentos que envolveram a greve na PM de Minas Gerais." Éderson Bustamante (Belo Horizonte, MG) Texto Anterior: Os institutos na vida dos partidos brasileiros Próximo Texto: ERRAMOS Índice |
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