São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 1997 |
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Sentença desagrada a advogado
DA REPORTAGEM LOCAL Advogados criminalistas ouvidos ontem pela Folha consideram que um juiz não deve se deixar influenciar pela opinião pública, ao proferir uma sentença.Essa é a opinião, por exemplo, do advogado José Carlos Dias. Os advogados discordam, entretanto, da sentença proferida pela juíza Sandra Mello no caso do índio pataxó incendiado, considerando o crime "lesão corporal seguida de morte" e não homicídio qualificado. Dias preferiu não comentar a sentença. Para o advogado Salomão Shecaira, a Justiça "às vezes se deixa sensibilizar pela classe social dos acusados". Segundo Shecaira, o fato de dois dos acusados serem filhos de juiz e procurador atenuou a pena. "Fossem quaisquer outras pessoas, por certo iriam a júri por homicídio triplamente qualificado." As três qualificações do homicídio -que aumentariam a pena- seriam: motivo torpe, nenhuma possibilidade de defesa (a vítima estava dormindo) e meio cruel (utilização de fogo). Texto Anterior: Ampla jurisprudência suporta decisão da juíza Próximo Texto: Casos suspeitos de sarampo dobram em SP Índice |
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