São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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Sindicalista diz que versão da PF para explosão é 'hollywoodiana'

Segundo piloto, já avião teria sofrido dois acidentes

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O piloto José Tarouco afirmou ontem ser "hollywoodiana" a versão da Polícia Federal responsabilizando o professor Leonardo Teodoro de Castro pela explosão no Fokker-100 da TAM.
"É muito cedo para falar o que eles (os policiais) estão falando. Não sei se há provas ou se tudo é para abafar alguma coisa", disse o piloto.
Tarouco integra a comissão oficial que apura a causa da ruptura de um pedaço da fuselagem, o que provocou a morte de Fernando Caldeira de Moura.
Integram a comissão representantes do Ministério da Aeronáutica, DAC (Departamento de Aviação Civil), TAM e Sindicato Nacional dos Aeronautas.
O representante sindical condenou o trabalho da PF, que deve indiciar indiretamente Leonardo de Castro, em coma depois de ser atropelado por um ônibus, como autor dos crimes de explosão, homicídio e lesões corporais.
"É muito fácil indiciar quem está morto ou em coma", afirmou.
Ele afirmou não acreditar que tenha havido um atentado. "Estou esperando sair o laudo do CTA. Pode até ter havido uma explosão por um artefato que o cara levou para bordo. Agora, a intenção de explodir, eu acho exagerada."
Tarouco disse ainda que o Fokker-100 teria tido dois acidentes antes de ir para a TAM, quando estava alugado pela Taba.
"A informação que eu obtive é que houve uma colisão com a cauda do avião num hangar e a parte estrutural de trás foi danificada. O avião também teria feito um pouso forçado no qual teria tocado a cauda no solo."

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