São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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Empresa confirma acidente em julho de 95

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DO RIO

A assessoria da TAM confirmou ontem que o Fokker-100 que sofreu a explosão já havia se acidentado, em julho de 95, por uma falha operacional, quando era operado pela empresa aérea Taba, do Pará.
A Taba, porém, nega qualquer episódio desse tipo, e não há, no DAC (Departamento de Aviação Civil da Aeronáutica), nenhum registro de acidente com o avião, como se exige em casos de ocorrências como essa.
Segundo documentos do DAC obtidos pela Folha, só há registro de duas irregularidades na história desse avião no Brasil. Uma foi na data de atualização de um manual. Outra, na data de uma vistoria.
A TAM informa que, na ocasião do acidente, a cauda do avião colidiu com um hangar, danificando a traseira da aeronave. Segundo a empresa, o dano ocorreu em área sem pressurização, distante da região atingida pela explosão ocorrida em julho.
A assessoria da TAM informa que a Fokker e as autoridades holandesas de segurança de vôo certificaram a aeronavegabilidade do Fokker-100.
O avião foi reparado na Holanda e retornou em janeiro de 96, mas não mais para operação da Taba, que atrasara o pagamento do leasing à Fokker. A companhia holandesa ofereceu a aeronave à TAM, que fechou contrato em março de 96.
O prefixo do avião, atualmente PT-WHK, era outro quando ele era alugado pela Taba.
Falida, a Fokker interrompeu a fabricação de aviões, mas é obrigada por contrato a manter o fornecimento de peças e de técnicos de manutenção por alguns anos.
Polícia Federal
O delegado Pedro Sarzi Júnior, presidente do inquérito da Polícia Federal, não comentou ontem as declarações de Tarouco. "Nada a declarar."
Ainda ontem, a PF recebeu o laudo necroscópico do IML de Suzano sobre os exames realizados no corpo do empresário Fernando Caldeira de Moura, ejetado para fora do avião pela força da explosão no interior da aeronave.

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