São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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Entrada de capital externo não cobre o rombo no 1º semestre

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ingresso de capital externo caiu no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo período de 96.
Os investimentos não foram suficientes para cobrir o déficit corrente, e o país fechou o período com déficit no balanço de pagamentos.
O déficit em transações correntes foi de US$ 15,621 bilhões no primeiro semestre do ano, enquanto a entrada de capital externo ficou em US$ 13,474 bilhões. Isso fez com que o Banco Central perdesse US$ 2,147 bilhões das reservas internacionais acumuladas.
Nos primeiros seis meses de 96, a conta de capital ficou superavitária (o saldo foi positivo) em US$ 15,903 bilhões, mais do que o dobro do déficit corrente de US$ 7,68 bilhões.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, disse que o resultado do balanço de pagamentos (resultado de todas as transações do Brasil com o resto do mundo) foi decorrente da insuficiência do ingresso de empréstimos e financiamentos de médio e longo prazos e da saída de capitais de curto prazo.
Um dos motivos para a saída de capitais de curto prazo é a queda dos juros no mercado interno, o que diminui o bônus cambial (lucro do investidor que aplica em juros no Brasil).
Lopes disse que o resultado negativo do primeiro semestre já foi revertido, o que pode ser notado com o aumento das reservas internacionais em julho.
Elas ficaram em US$ 59,493 bilhões no conceito de caixa (disponibilidade imediata) e em US$ 60,3 bilhões no conceito de liquidez internacional (caixa mais compromissos de médio e longo prazos).
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Francisco Lopes, já havia informado que as reservas chegaram a US$ 63 bilhões até o dia 12 deste mês.

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