São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997 |
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Líder acusa o MST de infiltrar espiões Sindicalista vê 'estranhos' em acampamento RUBENS VALENTE
Egídio Brunetto, 40, da direção nacional do MST, contestou a acusação. Ele afirmou que nenhum membro do movimento está atuando em Terenos (a 26 km de Campo Grande). "Não temos essa prática de 'infiltrar' quem quer que seja." Sobrinha do sindicalista Chico Mendes, assassinado no Acre em 1988 e a quem considera seu "mestre e mentor", Osvaldina Mendes disse que não quer "aparecer na mídia" por causa de seu parentesco. Ela apresentou uma lista dos supostos membros do MST ao secretário da Segurança do Estado, Joaquim d'Assunção, um dos interlocutores do governo estadual na questão da reforma agrária. O MST não reconhece os nomes que constam da lista. A sindicalista afirmou, em ofícios enviados ao Incra e à secretaria, que "pessoas estranhas" ao acampamento estariam tentando participar de assembléias dos acampados. O grupo que ela ataca é liderado por um ex-acampado em Terenos, que, ao sair do MSTR, levou 25 famílias para outro acampamento, na zona rural de Campo Grande. Hoje, ele estaria ligado ao MST. O acampamento liderado por Osvaldina, batizado de "Portal do Pantanal", tem 152 famílias, a maioria aguardando o lote em suas casas na cidade. Eles reivindicam a desapropriação da fazenda Nova Querência, em Terenos, de 10,5 mil hectares. Segundo Osvaldina, uma vistoria do Incra considerou 3.878 hectares improdutivos. (RV) Texto Anterior: Sindicatos ameaçam hegemonia do MST Próximo Texto: Movimento vai usar pomba como símbolo Índice |
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