São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997 |
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DJs levam agito ao mercado de trabalho
LIA REGINA ABBUD
Os campos de atuação se ampliam. As emissoras de rádio foram só o começo. Hoje o DJ comanda o som das casas noturnas, dos desfiles de moda e das festas ou está à frente das coletâneas de CDs (com músicas próprias, escolhendo o repertório ou remixando). Felipe Venâncio, 28, diz que o mercado para o DJ passa por uma fase fenomenal: "Perceberam que a música é essencial para manter as pessoas dançando a noite inteira ou entretidas em um desfile. Não dá para arriscar com alguém que não conheça tudo de música". Sua carreira é um exemplo disso. Depois de passar pela noite, elegeu o mercado da moda como sua prioridade. Fez a direção musical do 1º Phytoervas Fashion e assinou as trilhas de oito desfiles do último Morumbi Fashion. Trabalha também com clientes fixos: Reinaldo Lourenço, Forum e Sommer. A remuneração é um dos pontos altos dessa profissão. Quem trabalha em casas noturnas ganha de R$ 300 a R$ 500 por noite. Os melhores, que lotam as pistas de dança e conseguem salvar qualquer festa, embolsam de R$ 800 a R$ 1.000 por noite. O cachê dos DJs que trabalharam no Morumbi Fashion foi, para cada trilha, de R$ 700. Mauricio Bischain, 29, o DJ Mau Mau, também está apostando alto no mercado. "O bom DJ tem um público fiel, independente da casa em que está." Três anos atrás, ele ganhava cerca de R$ 50 por noite, mas hoje fatura de R$ 700 a R$ 1.000. "Sou convidado para tocar em danceterias do Brasil inteiro." Há dez anos na área, O DJ Renato Lopes, 35, começou no Madame Satã. Passou pelas danceterias de São Paulo Nation, Columbia, Paparazzi e Clube Latino. Agora não toca num único lugar, mas sua agenda está sempre cheia de convites. Seu cachê varia de R$ 150 a R$ 300 por hora. "O segredo dessa profissão são os contatos." Para quem está começando, as dicas são pesquisar vários tipos de música, formar um estilo e ficar próximo de profissionais conceituados. É o melhor caminho para aperfeiçoar as técnicas e tentar encontrar melhores oportunidades. Gravar uma fita com o trabalho e distribuir nas gravadoras pode ser um bom início. Muitas estão investindo na "dance music". A Fieldzz Record lançou, em três anos, cerca de 80 CDs nesse segmento, e a Paradoxx Music afirma que seu maior movimento de vendas resulta da "dance music". Texto Anterior: Aborto dá direito a afastamento Próximo Texto: Na cidade, Mauro é um dos mais requisitados Índice |
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