São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997
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Tênis

RODRIGO BUENO

O tênis, especialmente no Brasil, passou a ser o esporte da moda. Ainda falta muito para se aproximar do futebol em popularidade, mas é inegável que, após a Gugamania, muitos que eram leigos já compreendem aces, smashs e forehands.
Além do conservadorismo das regras, pouco há em comum entre o futebol e o tênis. No entanto, uma analogia entre o momento atual dos dois esportes, que poderia parecer descabida, é bastante oportuna.
Ambas as modalidades estão ultrapassando fronteiras e proclamando campeões de locais sem grande tradição nos esportes. Guga e a seleção olímpica da Nigéria são bons exemplos.
Os rankings da Fifa e da ATP, entidades que dirigem o futebol e o tênis, apontam para primeiros colocados hegemônicos.
O Brasil lidera comodamente o ranking da máxima entidade do futebol com 71,93 pontos -a Espanha, segunda colocada, tem 63,20. Da mesma forma, Pete Sampras e Martina Hingis superam, nos rankings da ATP, seus vices com facilidade -por mais de 2.000 pontos.
A Espanha, reconhecidamente, virou um eldorado do futebol (pelo seu milionário campeonato e pela longa invencibilidade da seleção do país) e do tênis (por Alex Corretja, Sergi Bruguera, Carlos Moyá, Conchita Martínez e Arantxa Sánchez, todos "top ten").
Os dois esportes dão um alento à Iugoslávia, consagrando vários atletas da península balcânica, como Suker, Mijatovic, Savicevic, Goran Ivanisevic, Monica Seles e Iva Majoli.
Outra nação que brilha nos gramados e nas quadras é a África do Sul, que vibra com a classificação da seleção à Copa e com as vitórias de Amanda Coetzer e Wayne Ferreira.
Diante de tantas semelhanças, resta saber qual seleção poderá repetir na Copa da França o Kuerten de Roland Garros? Romênia, Tunísia, África do Sul, Marrocos, Nigéria e Camarões são os primeiros candidatos.

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