São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997
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Empresa lucra com atos de vingança

Franquia exige investimento de R$ 8.000

DA REPORTAGEM LOCAL

Desilusão amorosa e espírito vingativo sempre foram um prato cheio para psicólogo. Mas a empresária, atriz e cantora Kiki Sudário transformou esses imbróglios emocionais em algo mais que tema para divã.
Em 94, ela criou a Doces Vinganças, loja de produtos exóticos para os clientes exercitarem o humor negro ou o romantismo.
No início, eram 20 produtos; hoje, já são mais de 300. São sapos de plástico, chifres e peixes mortos, com frases malcriadas para quem quer descarregar a raiva, ou bonecas e abajures, para quem busca a reconciliação.
Tudo sempre acompanhado de uma performance teatral dos entregadores, geralmente estudantes de teatro fantasiados.
O item mais vendido é um par de chifres, que custa R$ 77. "O negócio deu certo porque brasileiro é sempre bem-humorado."
O tempo mostrou que a primeira loja, na rua Augusta, em São Paulo, era pequena para a sede de vingança dos clientes.
Em 95, a loja ganhou formato de franquia. Hoje, são oito unidades, além da matriz, agora em Alphaville, Barueri (SP).
Segundo Kiki, o faturamento cresceu 40% neste ano sobre 96.
A novidade agora é uma seção chamada Doces Reconciliações. "Ela é toda rosa e azul, em contraste com a decoração vermelha e preta da seção das vinganças."
A produção dos itens é terceirizada. Os kits chegam prontos aos franqueados, que investem cerca de R$ 4.000, além da taxa de franquia (também de R$ 4.000).
A experiência com a Doces Vinganças também levou Kiki a montar, há um ano, uma banda, que leva o nome da loja.
"Usamos nas canções os versos que acompanham os presentes", diz Kiki, vocalista. O CD da banda deve sair em setembro.

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