São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997 |
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Einstein da curso de prevenção em SP
NOELLY RUSSO
"A prevenção começava sempre pela sexualidade. Muitas escolas enfrentam problemas para falar de sexualidade como educação. Abordamos o assunto a partir do ponto de vista do sistema imunológico", diz Inon Schenker, cientista do Instituto Wizman e diretor da organização não-governamental Jerusalem Aids Project. "Em nossa sociedade há pessoas que chegam de vários países com culturas diferentes. Isso fez com que precisássemos criar uma maneira que fosse aceita por toda essa gama de culturas diferentes." Segundo ele, Israel tem uma das menores taxas de infecção. De 5,6 milhões de habitantes, estima-se em 3.000 os soropositivos. Segundo Flávia Janólio, que levou o projeto israelense para o Rio, uma das principais vantagens é a assimilação dos ensinamentos. "A abordagem é a mesma para crianças e jovens. Eles aprendem o que é um vírus e comparam um corpo são a um doente. Tudo é apresentado com apostilas e manuais coloridos e lúdicos", diz. Entre os adolescentes, a linguagem muda. "O adolescente ouve desde o início que a Aids está relacionada a ele. Jovens tendem a acreditar que coisas ruins não acontecem com eles. Outra diferença importante é evitar o pânico. O curso quer possibilitar à criança e ao adolescente uma vida sexual sadia e segura no futuro", diz ela. O curso foi trazido para o Brasil pelo Departamento de Voluntárias do Einstein. "Estamos realizando um censo na favela Paraisópolis. As duas escolas da favela mandaram suas professoras para o curso", diz Telma Brandt, diretora do departamento. Além do Brasil, outros 23 países adotaram a metodologia israelense. O material do curso é distribuído gratuitamente pelo laboratório Glaxo Wellcome. O curso tem 12 módulos e duração adaptável. Os professores se encarregam de passar o curso para outros. Texto Anterior: Empresa vai distribuir camisinhas em estádios Próximo Texto: Vergonha para a saúde Índice |
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