São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997 |
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25% das 'abortandas' vão ao SUS
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Os dados mostram que, a despeito do debate em relação à regulamentação da legislação sobre o tema, a rede pública já está fazendo abortos. Em grande parte dos casos, os hospitais do SUS apenas tratam das consequências de um aborto induzido em casa ou em uma clínica clandestina. Além disso, muitos abortos classificados nas estatísticas oficiais como espontâneos ocultam interrupções induzidas da gravidez. A esperança de Ana Amélia é que, com a permissão para que os hospitais públicos realizem o aborto em casos como o de estupro, reduzirão os riscos e melhorarão as condições do atendimento de saúde da mulher. A economista Lena Lavinas vai mais longe: "Minha expectativa é que a regulamentação da lei que autoriza a interrupção da gravidez permita que as mulheres em processo abortivo tenham melhor atendimento na rede pública." Ela acha até que, uma vez legalizada a indução ao aborto em condições especiais, o número de mulheres que procuram o SUS por motivos relacionados à interrupção da gravidez vai aumentar. Isso porque vai diminuir o preconceito, afirma Lena. (JRT) Texto Anterior: Número de abortos da rede pública cai 27% Próximo Texto: CNBB considera lei inconstitucional Índice |
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