São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997 |
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Casal morre envenenado em motel
DA FOLHA RIBEIRÃO O médico Antônio Carlos Pinheiro Vissoto, 46, e a empresária Renata Olivitho Benedini Fernandes, 36, ambos de Franca, foram encontrados mortos na madrugada de ontem em um quarto do Dallas Motel, em Restinga (390 km de São Paulo).A polícia suspeita que os dois foram mortos por envenenamento. Não havia sinais de violência em nenhum dos corpos. Segundo o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), João Batista Palim, estão sendo levantadas três hipóteses. A primeira delas é que tenha ocorrido homicídio seguido de suicídio, praticado por um dos dois. Outra hipótese é que o casal tenha sido vítima de homicídio. A terceira suposição é que os dois tenham se suicidado. "Nenhuma hipótese está descartada por enquanto", afirmou Palim. Ele disse que todas as pessoas que tiveram contato com as vítimas serão ouvidas. Segundo a polícia, os dois foram encontrados deitados na cama. Partes das vísceras do casal foram encaminhadas ao Instituto de Toxicologia da Polícia Civil de Ribeirão Preto (319 km de SP). Os corpos foram encontrados por dois funcionários do motel, por volta das 2h. Segundo a administração do motel, os dois chegaram ao local por volta das 21h no Monza do médico, de placas BKQ-9717. A polícia chegou por volta das 3h. Amostras O delegado-regional de Franca, José Mauro David -amigo da família de Renata-, foi chamado ao local, junto com a Polícia Técnica, com o IML (Instituto Médico Legal) e com a equipe de plantão da delegacia central da cidade. A polícia apreendeu no quarto uma garrafa de vinho e dois chicletes. No interior do carro foram encontrados dois comprimidos. As amostras foram recolhidas para análise da polícia. Os laudos devem sair em 15 dias. Segundo funcionários do motel, a porta do quarto estava trancada por dentro. Eles resolveram abrir a porta com uma chave reserva após terem tocado o interfone várias vezes e batido na janela de atendimento. Renata era casada com o empresário Wilton Mello Fernandes, um dos diretores do Grupo Samello, que produz calçados para exportação e para o mercado interno. A Folha procurou ontem Fernandes e sua família, mas eles não quiseram falar sobre o assunto. Texto Anterior: Terreno volta a ser ocupado por sem-teto Próximo Texto: Congresso aprova novo código de trânsito Índice |
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