São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997
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Cresce ação feminina em roubos a banco

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A participação de mulheres em assaltos a banco vem aumentando significativamente em São Paulo.
Fontes explica que a principal função das mulheres nas quadrilhas é entrar nas agências com as armas usadas nos roubos.
Normalmente, elas levam as armas em uma bolsa. Quando a porta com detector de metal trava pela presença das armas, a mulher mostra um objeto, como telefone celular, e o segurança destrava a porta. Então, ela distribui as armas aos ladrões que já estão na agência.
"Uma mulher não é tão suspeita quanto um homem. Elas conseguem enganar mais facilmente os seguranças", afirma. "As quadrilhas perceberam isso e estão usando cada vez mais mulheres."
O aumento da participação de mulheres não decorre de acréscimo no número de assaltos a banco. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, em comparação com os seis primeiros meses do ano passado, o número de roubos a banco cresceu 7,4% em 1997.
Grávida
A polícia apresentou ontem a secretária Aliciene Duarte Lisboa, 21, grávida de oito meses, presa na última segunda-feira, na Vila Nova Cachoeirinha (zona norte de São Paulo).
Ela é acusada, junto com seu marido e um amigo, de ter feito a família do gerente de banco Miltom José Schimith, 37, como refém para assaltar a agência da Caixa Econômica Federal no Imirim (zona norte), onde ele trabalha, no dia 8 de agosto. Na ocasião, foram roubados cerca de R$ 35 mil.
Aliciene, a quarta mulher presa este ano acusada de roubo a banco, não quis prestar depoimento à polícia nem dar entrevistas. Ela afirmou que só irá depor à Justiça.
O marido de Aliciene, Paulo Rogério Gonçalves, que teria participado do assalto, morreu dois dias depois, durante uma briga em um bar próximo à sua casa.
O outro acusado, Warner Oliveira, não foi encontrado pela polícia. Mas, em sua casa, teria sido achado um quilo de maconha. Por isso, sua mulher, Kátia Oliveira, foi presa por tráfico de drogas.
Universitária
A estudante de direito Tânia Ungefehr, 18, presa na última sexta-feira acusada de assalto, foi reconhecida ontem por um segurança do Sudameris de Moema (zona sudoeste). Ela já foi apontada como assaltante por cinco seguranças, mas nega o crime.

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