São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997 |
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Bienal perde público, mas vende mais
CRISTINA GRILLO
Este ano, 943.212 pessoas estiveram na Bienal, contra 1.063.826 visitantes em 95. Foram 120.614 pessoas a menos. No início da Bienal, os organizadores esperavam 1,1 milhão de pessoas. No domingo, poucas horas antes do encerramento da feira, a estimativa já havia baixado para 1 milhão de visitantes. Apesar da queda de público, houve aumento no total de livros vendidos. Durante os 12 dias da Bienal foram vendidos 2.959.120 exemplares. Em 1995, foram 2.438.759 exemplares. A média de livros comprados por visitante foi de 3,13 exemplares, e não 5,2 livros por pessoa, como foi divulgado domingo pelos organizadores. "Calculamos a média apenas entre os compradores para que o número não saia distorcido e não mostre um perfil falso do público leitor", disse Arthur Repsold, diretor-executivo da Fagga Eventos, organizadora da Bienal. O número divulgado domingo levava em consideração, para efeitos de cálculo, apenas as pessoas que efetivamente haviam feito compras na Bienal -60,8% do total de visitantes. Repsold disse que desde a Bienal de 1993 usa este critério para o cálculo da média de exemplares comprados por visitante. Os números finais da feira, apresentados pela Fagga, indicam um crescimento no faturamento. O total de vendas de livros foi de R$ 44.298.028. Mais cerca de R$ 1,5 milhão, que foram arrecadados com a venda de brinquedos e objetos com a marca da Bienal. O valor mostra um crescimento em relação a 1995, quando o faturamento foi de R$ 37,3 milhões. O preço médio de cada exemplar vendido foi de R$ 14,97 -pouco mais que os R$ 14,90 de 1995. Houve aumento também no total de alunos que visitaram a feira: 426 mil, contra 305 mil em 1995. Os livros infanto-juvenis desbancaram os romances na preferência do público. Do total de livros vendidos, 24% pertenciam a essa categoria. Em 1995, os mais vendidos foram os romances, com 24,46% da preferência do público. Entre os livros mais vendidos da Bienal está "Como Educar Seus Pais", da editora Objetiva, voltado para o público adolescente e escrito por um grupo de redatores que se intitula "Obrigado, Esparro". Foram vendidos cerca de 2.200 exemplares durante a feira. Outro livro bastante procurado foi o romance "O Anatomista" (Relume-Dumará), do escritor argentino Federico Andahazi. Foram vendidos 1.300 exemplares. (CG) Texto Anterior: "Cravos", de Pina Bausch, fala de repressão Próximo Texto: Moda mineira vive momento de êxtase Índice |
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