São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997 |
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Estado em guerra Perfil Nome: República do Sudão (Al Jumhuriyat as-Sudan) Capital: Cartum Território: 2.505.813 km2 População: 28,9 milhões de habitantes Religião: Islamismo (74,7%), crenças tradicionais (17,1%) e cristianismo (8,2%) PIB: US$ 5 bilhões (agropecuária -35,8%, indústria -18,3% e serviços -45,9%) Estado independente A guera civil Independente em 1956, na década de 70 estouram conflitos entre as forças governistas, islâmicas, e os guerrilheiros do Exército de Libertação do Povo Sudanês, de Johan Garang, concentrados no sul. O governo tenta impor uma lei islâmica em todo o país e entra em choque com o sul, onde predomina uma cultura africana tradicional de cultos animistas Período democrático -Em 1985, um golpe militar derruba o general Jaafar Nimieri, no poder desde 1969. Instala-se uma democracia pluralista. Realizam-se eleições em 1986, vencidas pelo principal partido islâmico do país, o Umma. Sadiq el Mahdi, o novo primeiro-ministro, passa a liderar um governo instável, finalmente deposto em 1989 pelo general Hassan al Bashir. Intensificação dos combates -O novo governo é marcado pela crescente influência do fundamentalismo islâmico. Em 1991, centenas de milhares fogem dos choques. Dois anos depois, 600 mil pessoas morrem de fome em Parayang, isolada pelos conflitos. A ONU consegue que Al Bashir permita vôos com ajuda humanitária para a região. Em 1995, Sudão e Egito chegam às raias de uma guerra, quando este acusa o governo sudanês de participar de atentado do qual escapou ileso o presidente egípcio, Hosni Mubarak. Eleições legislativas e presidenciais, em 1996, reelegem Al Bashir e os fundamentalistas. O pleito é suspeito de irregularidades Curiosidades sobre o país - O maior país africano - A grande divisão africana corta o país: o norte da África é de maioria árabe e de religião islâmica; o centro-sul africano, de maioria negra e de religião cristã ou animista - O regime manipula a fome na guerra contra o sul negro-cristão-animista - A guerra civil custa entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões por dia Texto Anterior: Mandela faz ofensiva pela paz no Sudão Próximo Texto: Ação revela projeto na ONU Índice |
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